O Rio Xingu abrigará a segunda maior usina hidrelétrica em capacidade de geração de energia do país, a de Belo Monte, no Pará. O leilão para definir quem fará a obra será no próximo dia 20. A reportagem navegou no Xingu e mostra a natureza que cerca o local.
O G1 está em Altamira e publica nesta semana uma série de reportagens sobre a região que receberá a hidrelétrica.
O Xingu nasce no Mato Grosso, corta o Pará e deságua no Rio Amazonas. Tem 1,8 mil quilômetros de extensão, segundo o Fórum Regional de Desenvolvimento Econômico e Sócio Ambiental da Transamazônica e Xingu.
O G1 também visitou o local onde está prevista a construção da casa de força principal da hidrelétrica de Belo Monte. Lá, ainda não há placa ou aviso nem algo que caracterize a obra. Somente aparelhos de medição de água mostram que foram realizados estudos no local.
O piloto de voadeira (tipo de lancha rápida) João Vicente dos Santos Silva, o Joãozinho, contou que o nível de água do Xingu está mais baixo que o de costume - ele trabalha no rio há 20 anos. Segundo ele, isso aconteceu porque o nível de chuvas foi menor neste início de ano. Nível do rio
Navegando pelo Xingu é possível ver só o topo de árvores que, segundo Silva, em época de seca ficam totalmente para fora da água. "Formam-se ilhas, praias, que atraem muitos turistas no verão", afirma.
Parte da vida
Silva diz que já viveu muita coisa no Rio Xingu. "Eu navego aqui praticamente todos os dias. No fim de semana, pesco com meu filho mais novo. Já vivi muita coisa aqui."
Uma das aventuras foi quando quase naufragou após bater em uma pedra na região da Volta Grande do Xingu. "Estava com um grupo de empresários que vieram pescar e bati numa pedra. Aquele dia quase a gente virou. Foi por pouco", lembra.